Sequências Limitadas e Convergentes: Um Contra-Exemplo: De Um Contra-Exemplo Da Frase Toda Sequência Limitada É Convergente

De Um Contra-Exemplo Da Frase Toda Sequência Limitada É Convergente – Compreender a distinção entre sequências limitadas e convergentes é fundamental em análise matemática. Muitos acreditam erroneamente que toda sequência limitada é convergente. Este artigo demonstra, através de um contra-exemplo concreto, que essa afirmação é falsa, esclarecendo a diferença conceitual entre esses dois importantes tipos de sequências.
Definições Formais
Uma sequência numérica (a n) é considerada limitada se existir um número real M > 0 tal que |a n| ≤ M para todo n ∈ ℕ. Em outras palavras, todos os termos da sequência estão contidos em um intervalo finito. Uma sequência (a n) é convergente se existir um número real L tal que, para todo ε > 0, existe um número natural N tal que, para todo n > N, |a n
-L| < ε. Isso significa que os termos da sequência se aproximam arbitrariamente de um valor L, chamado de limite da sequência, à medida que n tende ao infinito. Sequências limitadas podem oscilar dentro de um intervalo, enquanto sequências convergentes se aproximam de um único valor.
Construção de um Contra-Exemplo, De Um Contra-Exemplo Da Frase Toda Sequência Limitada É Convergente
Para demonstrar que nem toda sequência limitada é convergente, construiremos uma sequência específica que atende a esse critério. A construção passo a passo segue abaixo:
- Definimos a sequência (an) como a n = (-1) n.
- Esta sequência alterna entre -1 e 1.
- Construímos uma tabela para visualizar os termos:
Índice (n) | Termo da Sequência (an) | Limite Inferior | Limite Superior |
---|---|---|---|
1 | -1 | -1 | 1 |
2 | 1 | -1 | 1 |
3 | -1 | -1 | 1 |
4 | 1 | -1 | 1 |
A sequência é limitada, pois -1 ≤ a n ≤ 1 para todo n. No entanto, ela não converge, pois os termos oscilam continuamente entre -1 e 1, sem se aproximar de um único valor.
Análise do Contra-Exemplo

A limitação da sequência (-1) n decorre diretamente da definição de seus termos. Os termos são sempre -1 ou 1, permanecendo sempre dentro do intervalo [-1, 1]. A não convergência surge da oscilação contínua entre esses dois valores. Não existe um limite L que satisfaça a definição formal de convergência. Comparando com outras sequências limitadas, uma sequência como (1/n) é limitada e convergente (converge para 0), enquanto uma sequência como (n) é ilimitada e divergente.
Este contra-exemplo destaca que a limitação é uma condição necessária, mas não suficiente, para a convergência de uma sequência.
Visualização Gráfica

Um gráfico da sequência (-1) n mostraria pontos discretos nos valores y = -1 e y = 1, alternando ao longo do eixo x (índice n). O eixo y representaria o valor do termo a n. Linhas horizontais em y = -1 e y = 1 ilustrariam os limites superior e inferior da sequência. A ausência de convergência seria visualmente evidente pela falta de aproximação dos pontos a um único valor no eixo y, enquanto a limitação seria representada pela restrição dos pontos dentro do intervalo [-1, 1].
Em contraste, o gráfico de uma sequência convergente mostraria os pontos se aproximando de um único valor no eixo y, enquanto o gráfico de uma sequência divergente mostraria os pontos se afastando indefinidamente do eixo x ou y.
Extensões e Aplicações
Este contra-exemplo serve para refutar a ideia incorreta de que a limitação implica convergência. Em análise funcional, por exemplo, a distinção entre sequências limitadas e convergentes é crucial para entender conceitos como completude e compacidade de espaços vetoriais. Em problemas de otimização, a limitação de uma sequência de iterações pode garantir a existência de um ponto de acumulação, mesmo que a sequência não seja convergente.
Em processos iterativos numéricos, a limitação da sequência de aproximações é importante para garantir a estabilidade do método, mesmo que a convergência não seja garantida.
Ao final desta análise, fica claro que a afirmação “toda sequência limitada é convergente” é falsa. O contra-exemplo construído demonstra, de forma inequívoca, a existência de sequências limitadas que não convergem. A visualização gráfica, aliada à demonstração formal, reforça a importância de não se deixar levar por generalizações apressadas no estudo de sequências. A compreensão dessa distinção é fundamental não apenas na matemática pura, mas também em diversas aplicações, onde o comportamento de sequências numéricas modela fenômenos reais, desde oscilações em sistemas físicos até a convergência de algoritmos computacionais.
A busca por rigor e o exame crítico de premissas são ferramentas essenciais para o progresso científico e a solução de problemas complexos.